Sexo é assunto para marcas? Como as empresas podem contribuir nas conversas sobre sexualidade, educação e saúde sexual e prazer? O estudo “Sexo sem tabus”, realizado pela MindMiners, mapeou o perfil de internautas brasileiros com o objetivo de traçar caminhos para diálogos sobre o tema de forma aberta.
Alguns números chamam a atenção. Entre os entrevistados que já tiveram relações sexuais, 76% afirmam ser sexualmente ativos. E, para 74% dos respondentes, falar sobre sexo é uma questão de segurança – dado que mostra a importância de se abordar o tema.
Ao todo, foram ouvidas 2.000 pessoas acima de 18 anos, com acesso à internet, por meio de questionário online. Foram entrevistadas as classes ABC, em todas as regiões do país, de acordo com parâmetros do IBGE. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%, segundo a MindMiners.
O levantamento mostra que a maioria dos entrevistados se interessa sobre o tema. Entre os respondentes, 62% buscam ou já buscaram informações sobre educação sexual. E 59% acreditam que faltam informações verdadeiras e honestas sobre sexo. Eles buscam informações principalmente pela internet (opção citada por 56%), em consultas com médicos (31%), livros (30%), redes sociais (26%) e amigos (20%).
O sexo é considerado importante para 70% da amostra. E 59% se dizem satisfeitos com a sua vida sexual. Além disso, 53% concordam que a saúde mental impacta diretamente no desejo sexual. Mas o tabu existe. Metade dos respondentes acredita que o Brasil é um país conservador quando o assunto é sexo.
Mas como identificar possíveis abordagens e tons de conversa sobre um tema considerado delicado? “As marcas que optarem por abordar essa conversa precisam priorizar a naturalidade e reforçar a necessidade de se levantar a discussão”, diz o relatório.
Para isso, o estudo identificou cinco grupos de perfis que compartilham características, pensamentos e formas semelhantes de viver a sexualidade, com dados demográficos e de comportamento. São eles: introspectivos (21%), autocríticos (18%), convencionais (34%), vivendo em plenitude (17%) e exploradores (9%). Os detalhes de cada cluster podem ser verificados no estudo completo.
O levantamento também traz orientações sobre como marcas podem se posicionar dentro do tema. “Assumir o papel do educador” é o principal insight. “A educação sexual ainda é um tabu para muitas pessoas. Por conta disso, nem sempre a informação repassada é segura. Sendo assim, as marcas podem desempenhar um papel importante nesse campo”, afirma o relatório.
Algumas das táticas seriam: incentivar o diálogo, criando espaços de discussão em eventos, redes sociais e feiras. Gerar conteúdo, disponibilizando informações claras e confiáveis, com respaldo de profissionais de saúde e especialistas é outra estratégia. Investir em campanhas de conscientização sobre saúde sexual é mais um caminho apontado.