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Alan Strozenberg, da Baila: Queremos orquestrar estratégias no ritmo das mudanças 

Imagem: Divulgação

A Baila Creative Co., fundada por Alan Strozenberg, chegou ao mercado este mês. A operação nasce das transformações da Z515, da qual ele era sócio. Com a saída dos cofundadores Zezito Marques da Costa e Flávio Nara, no início do ano passado, Alan assumiu o comando e iniciou um processo de reestruturação que apontou para um novo modelo de agência de publicidade: mais fluido e colaborativo para buscar soluções criativas para os negócios dos clientes.

“Eu vinha com uma inquietude grande, em relação às mudanças no mercado dos últimos anos, onde quem não acompanha deixa de ser relevante”, diz o CEO. Com ajuda da consultoria Scopen, foi feito todo um mapeamento do setor. “Mudamos a metodologia, fortalecemos o time, trouxemos novas lideranças, com cautela, no período de um ano. E, com tantas transformações na nossa maneira de pensar, achamos que fazia sentido criar um novo negócio.”

Uma das visões que guiam a Baila é a de orquestrar disciplinas e mídias que, ao longo dos anos, se pulverizaram numa hiperespecialização do mercado. “As verbas vêm se segmentando cada vez mais. Se antigamente havia poucas mídias como TV, impressa e exterior, com a evolução da internet, hoje temos uma complexidade absurda de canais. Como coordenar redes sociais, games, live marketing, CRM e tantas outras disciplinas de comunicação? Entendo que os clientes podem se beneficiar muito se tiverem uma agência que centralize todo o pensamento estratégico.”

Mas como centralizar sem engessar? A saída para isso, segundo Alan, é uma estrutura que baila. “Está cada vez mais complexo – e entendo que vá ficar mais – para as agências conseguirem bailar e orquestrar a publicidade de maneira eficaz na velocidade com que as coisas precisam acontecer. Tudo é non stop, o digital não para nunca, a performance não para nunca. Para acompanhar as mudanças na velocidade que estão ocorrendo, quanto mais leve e versátil a estrutura for, mais capacidade terá de lidar com tudo isso de maneira eficaz e gerar mais resultados.”

Para isso, a Baila busca atuar também como curadoria, ou seja, trazer talentos distintos para resolver cada desafio de comunicação das marcas de forma colaborativa. “O ideal é que não tenha apenas gente de publicidade olhando para os problemas de comunicação dos clientes. A gente entende que tem de trazer para a mesa cabeças fora da publicidade, como sociólogos, jornalistas, artistas, arquitetos, não apenas do Brasil, mas de outros lugares do mundo. Para isso, estamos montando uma rede.”

Segundo ele, é nessa troca multidisciplinar que surgem soluções inovadoras. “Uma coisa que a gente busca é, além de resolver problemas de comunicação, trazer soluções de negócio. Eu sempre acreditei que a agência pode usar criatividade para além da publicidade, ajudando clientes a criar produtos, soluções de negócio, pivotar segmento. A gente não é uma consultoria de negócios, mas a ideia é sempre buscar trazer pensamento de negócio para a comunicação.”

E qual o significado de criatividade nesse formato de agência? “Criatividade significa o poder de transformar os negócios. Seja com um slogan, um comercial, um produto. Um slogan pode mudar uma empresa, um comercial pode alavancar vendas e influenciar no resultado. O publicitário tem o poder de usar a criatividade além da publicidade. Quando faz uma pesquisa e enxerga um insight, ele pode mudar a história de uma marca.”


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