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3 tendências em social media que marcas devem observar em 2021 

Imagem: Nathan Dumlao/Unsplash

O modo como marcas e pessoas se comportam nas redes sociais não será o mesmo depois de 2020 — como nada no mundo. O choque da pandemia de Covid-19 paralisou atividades, mas acelerou processos digitais. Isolou pessoas fisicamente, mas as conectou de forma inovadora e intensa nos meios online.

Para 2021, a expectativa é que certos movimentos nas redes sociais que ganharam relevância este ano cresçam, enquanto outros se saturem. É o que apontam estudos como “Social Media Trends 2021” da Talkwalker, empresa de análise de mídias sociais, e o diagnóstico “Influencer Evolution 2020”, da WGSN, consultoria especializada em tendências.

Veja três tendências em social media para 2021:

1. Gerações socialmente conscientes

Em 2020, ficou claro como gerações socialmente conscientes – millennial, Z e futura Alpha — impactam marcas, política e sociedade como um todo. Segundo o “Social Media Trends 2021”, política, igualdade, educação, saúde mental, finanças, mudanças nas tendências alimentares são tópicos essenciais para esses públicos.

Marcas terão de se envolver mais em conversas relacionadas a saúde mental, inclusão e justiça social — temas que se tornaram ainda mais relevantes durante a Covid-19 — se não quiserem se tornar obsoletas, recomenda o report. O estudo monitorou menções e tópicos de agosto de 2019 a agosto de 2020 por meio de inteligência artificial e análise de sentimentos.

2. Marcas na mira da desinformação

O desafio da desinformação deve estar no radar das marcas no próximo ano. “A mídia social sempre confundiu os limites entre fato e ficção – desde as vidas altamente editadas no Instagram. A crise de saúde da COVID-19 trouxe a questão da desinformação para o primeiro plano”, diz o “Social Trends 2021”, destacando o crescimento de teorias da conspiração circulando nas redes e de hackers assumindo canais autênticos de empresas.

Para o estudo, esse cenário deverá cobrar das marcas um posicionamento cada vez mais verdadeiro e transparente, para que elas mesmas não caiam na mira das fake news. “2021 será o ano em que as marcas e os canais de mídia social se concentrarão em destacar a verdade e silenciar as ‘notícias falsas’. Se você for mais aberto com a verdade, é mais difícil para as pessoas preencherem as lacunas de informação com desonestidade em torno de sua marca”, diz o report.

3. Saturação do influencer, ascensão do defensor

De acordo com o diagnóstico “Influencer Evolution 2020”, a Covid-19 revelou uma saturação do modelo de influenciador digital com posts pagos. “Postagens patrocinadas não estão ressoando para consumidores descrentes que são inundados por notícias falsas, sobrecarregados com postagens parecidas e exaustos pela falta de substância nos canais de mídia social”, analisa o report.

Essa é uma tendência que, segundo o documento, já dava seus primeiros sinais em janeiro de 2020, quando houve queda de 38% nesse tipo de patrocínio em relação a 2019. Isso, no entanto, não quer dizer o fim do mercado de influência. O diagnóstico apontou outros três perfis em ascensão: criadores, defensores e pensadores.

Criadores, que geram conteúdo autoral de informação e entretenimento, vêm evoluindo em relevância, especialmente em plataformas como TikTok. Já os defensores, que se posicionam como agentes de mudança, são a grande bola da vez, sendo catapultados nos movimentos de 2020, como “Black Lives Matter”. “Essas novas vozes da mídia social estão repercutindo mais do que nunca entre o público de massa que busca informações como fonte de inspiração”, aponta a análise. Um terceiro perfil, o de pensadores, pessoas comuns que se dedicam a reflexões políticas, filosóficas e sociais, também têm chamado a atenção e podem ganhar mais força em 2021 como focos de influência.


Quem faz os conteúdos UOL para Marcas:

Apuração e redação: Renata Gama / Edição e redes sociais: Raphaella Francisco / Arte: Pedro Crastechini
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