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Experiências digitais devem protagonizar narrativas em próximas datas do varejo 

Imagem: AdobeStock

Páscoa, Dia das Mães. As grandes datas do varejo têm sofrido expressivas quedas de desempenho, em consequência da pandemia. Com a imprevisibilidade sobre o fim das medidas de distanciamento social, o comércio eletrônico, que dá respiro ao mercado, tende a se tornar o principal canal de vendas para muitas marcas. Com isso, as experiências digitais devem ser protagonistas nos planos para as próximas datas promocionais.

A tendência é, segundo curadoria do blog UOL AD_LAB, que, já nas comemorações de Dia dos Namorados e Dia dos Pais, movimentos nessa direção comecem a ganhar forma até estarem mais amadurecidos na Black Friday e Natal. Como? Tecnologia existe. A questão está em como criar narrativas que deem sentido às experiências digitais:

Veja três insights para datas do varejo:

1. Filas quilométricas, só que no mobile

Mesmo quando as lojas começarem a reabrir, haverá cautela entre as pessoas, considera Eva Press, vice-presidente de bens de consumo e varejo do Facebook, em artigo da revista AdWeek. “Para datas comemorativas e promoções, isso significa que multidões e longas filas na Black Friday podem se tornar coisas do passado”, afirma.

Ou seja, será necessário traduzir o espírito desses eventos para o digital. “Portanto, os varejistas precisam pensar em como reimaginar essas experiências para um mundo ‘mobile-first’, de compra online e entrega delivery.” Como atrair multidões para um evento no mobile? Fica o desafio para os criativos, desenvolvedores e UX designers, que, certamente, precisarão estar munidos de dados até os dentes.

2. Aproximar pessoas, sem contato

O contato entre as pessoas está limitado pelas medidas de distanciamento, e não se sabe quando atividades simples, como jantar fora com os amigos, voltarão a ser frequentes. O problema é que esses encontros são a alma das datas comemorativas do varejo. Marcas que pretendem fazer parte desses momentos terão de promover elos entre as pessoas, de forma segura.

“Manter o controle em tempo real das mudanças nas preferências dos clientes e inovar rapidamente para redesenhar jornadas importantes será essencial”, afirma artigo da consultoria McKinsey & Company. “As empresas que agirem rapidamente e inovarem em seu modelo para ajudar os consumidores a navegar pela pandemia com segurança e eficácia, estarão em forte vantagem.”

3. Lotar os provadores virtuais

Com a tecnologia de realidade aumentada (AR), experimentar uma roupa ou calçado digitalmente tende a ser uma ação corriqueira, segundo prevê McKinsey & Company. “Os compradores de uma loja podem ver como diferentes roupas ficam sem realmente vesti-las. Com a tecnologia 5G sendo lançada, mais empresas buscarão tirar proveito da realidade aumentada para melhorar a experiência do cliente”, diz o documento.

É possível tornar o entra-e-sai dos provadores um prazer à distância? Que narrativas podem dar sentido a ações como essa? Datas comemorativas são oportunidades para incentivar que experiências digitais sejam mais do que úteis, que deem acesso ao inalcançável, que conectem e divirtam.


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