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Influência não é audiência: 3 perguntas essenciais para trabalhar com creators

Imagem: AdobeStock

Você escolhe os influenciadores parceiros da sua marca pela taxa de engajamento que prometem? Se essa for a sua principal nota de corte, talvez seja necessário repensar a estratégia. O poder dos influenciadores não está na mídia que propagam e sim na comunidade que mobilizam em torno do conteúdo que produzem.

Para aproveitar da melhor forma a associação da marca com influenciadores, é preciso ter primeiro em vista que eles são, em primeiro lugar, criadores de conteúdo. Em segundo, que esse conteúdo é alimentado e coproduzido na interação ativa que eles mantém com seus seguidores.

Sabendo disso, veja três perguntas essenciais que marcas precisam fazer ao trabalhar com influencers:

1. A mensagem do influenciador se alinha com a minha narrativa de marca?

Um influenciador digital se constrói na criação consistente de conteúdos com linguagem e estilo próprios, com mensagens que geram identificação nas pessoas que o seguem. Para que marcas parceiras entrem de forma natural nessa conversa, é preciso que a narrativa da campanha faça sentido dentro daquele contexto. Isso por dois motivos principais. Um: na relação entre marcas e influenciadores, funciona melhor uma criação de conteúdo mais autoral, com menos cacoetes publicitários. Dois: com a mensagem alinhada, a marca aproveita melhor o potencial de influência do parceiro.

2. Meu público-alvo corresponde ao perfil da comunidade do creator?

Mais do que popularidade, o perfil do público do creator é um dado estratégico nas campanhas de marketing de influência. Campanhas com objetivos bem alinhados e targets bem mapeados conseguem identificar de forma mais precisa se a comunidade de um influenciador está no alvo da narrativa de marca. Quanto mais match, melhor. E isso é importante também para evitar que a campanha não seja recebida diferente do esperado, gerando ruídos.

3. Que métricas são importantes para o meu objetivo?

Aqui está uma pegadinha. Métricas como seguidores, likes, comentários e compartilhamentos podem indicar um certo grau de popularidade do influenciador, mas nem sempre. Já não é novidade que, em certos casos, robôs produzem audiências falsas. O Instagram até tentou mitigar o problema, removendo curtidas e comentários de softwares terceiros. Isso funcionou por um tempo, mas o fantasma dos seguidores fakes assombra novamente. É claro que, quanto maior o público do influenciador, mais longe pode ir a mensagem da marca. Mas é preciso ter claro também a qualidade desse público. A métrica que vale para a campanha deve ser aquela que melhor traduz o seu objetivo. Plataformas de curadoria de influencers e de mídias sociais possuem dados diversos para serem cruzados e analisados visando encontrar a melhor taxa de sucesso.


Quem faz os conteúdos UOL para Marcas:

Apuração e redação: Renata Gama / Edição e redes sociais: Raphaella Francisco / Arte: Pedro Crastechini
Gerente responsável: Marina Assis / Gerente Geral: Karen Cunsolo