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eSports preparam marcas para se relacionar com o consumidor do futuro

Imagem: Divulgação/Pringles/ESL

Pringles expandiu seus investimentos nos eSports e na parceria com a ESL para promover eventos na Europa

Pode ser que no futuro nem todos amem os eSports. Mas empresas que souberem hoje se comunicar com os fãs de jogos eletrônicos estarão preparadas para conversar com o consumidor de amanhã. Isso porque o gamer, em uma única experiência online, está atento, logado, interagindo e consumindo ao mesmo tempo. Por horas. Se este é o modo de consumo para onde as novas tecnologias estão nos levando, os eSports são um laboratório de como mapear as jornadas e construir as relações que estão por vir.

Algumas companhias fora do segmento de eletrônicos e tecnologia — as chamadas marcas não-endêmicas — estão atentas ao potencial dos eSports e aumentando suas apostas. Pringles é uma delas. Em 2019, os investimentos em marketing que a companhia fará no universo gamer será 80% maior do que em 2018, segundo revelou a publicação Ad Age. A empresa ampliou sua parceria com a ESL, uma das maiores organizadoras de eventos e eSports no mundo.Com isso, a marca de batatas chips será patrocinadora de sete torneios em 13 países da Europa.

Pringles não está sozinha. Mercedes-Benz, RedBull, Gillette e Burger King são outras. Trata-se de um movimento observado no mundo todo. Segundo projeção da Newzoo, consultoria global especializada em eSports, as receitas do mercado de jogos eletrônicos devem crescer 26,7% no mundo, em 2019, chegando a US$ 1,1 bilhão. A maior parte terá origem em investimentos de marcas: cerca de 82% (US$ 897,2 milhões) serão provenientes de direitos de mídia, publicidade e patrocínio.

Chance de atuar na mudança cultural

Para Emma McDonald, diretora de marketing da Newzoo, os games estão mudando as regras do jogo inclusive para os produtos culturais. “O mercado de jogos, com suas estratégias inovadoras de monetização e consumidores altamente engajados, está desafiando seriamente a maneira como entretenimento tradicional tem trabalhado por décadas”, afirmou em report recente divulgado pela consultoria.

E é isso que torna o universo gamer tão atraente para marcas. Empresas ligadas desde já ao mundo dos eSports encontram oportunidades claras pela frente, segundo ela, tanto para fazer parte das transformações culturais em curso como para entender como lucrar nesse novo cenário.

“Simplificando: videogames – sejam eles em dispositivos móveis, PC, console ou em qualquer outro lugar – possuem uma base de usuários lucrativa que não é explorada pela maioria das marcas. Muitas marcas podem aumentar sua força de marketing, receitas diretas simplesmente prestando atenção e visando esse público valioso”, diz.


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