_Brainstorm

5 motivos para o ‘audio advertising’ ganhar fôlego na mídia digital

Imagem: Shutterstock

As marcas estão atentas ao poder do áudio digital, que ganhou fôlego no ambiente mobile e maturidade com o uso de dados. Os consumidores não se deslocam mais sem seus smartphones. E, muitas vezes, eles estão imersos em seus headphones ouvindo músicas, rádios online e podcasts, tanto em plataformas streaming como aplicativos. Com isso, o meio alcança número expressivo de pessoas em momentos diversos, ao mesmo tempo em que realizam outras tarefas do dia a dia. Mas não é só isso. O áudio digital deve ganhar um poder ainda maior com o avanço de novos dispositivos smart, que usam inteligência artificial para se comunicar com os usuários e ajudá-los nas tarefas diárias.

Em mercados maduros, como o americano, o áudio digital assume papel relevante nas estratégias de mídia. Pesquisa da Advertising Age em parceria com a Trade Desk, com profissionais de marketing e mídia, mostra que para 38,6% o áudio digital é um componente importante em seu mix de marketing.

Veja cinco motivos para o audio advertising conquistar espaço nas campanhas de mídia:

1. Está disponível em mídia programática

O uso de dados melhorou as possibilidades de alcance com o áudio digital, tornando-o mais certeiro e eficiente do que a mídia tradicional em rádio. Com segmentação de audiência e atribuição programática, os anunciantes são capazes de rastrear o impacto da mídia em áudio. Com isso, a previsão da pesquisa da Advertising Age é de que um terço dos compradores digitais investirão em áudio em 2018 nos EUA. O conteúdo que mais interessa são os serviços de streaming de música (67,5%), podcasts (41,7%) e canais musicais segmentados por estilo, como rock, pop ou country (37,4%).

2. Cria conexão emocional no momento certo

O áudio digital está presente de forma orgânica, contextualizada e imersiva. E, como a segmentação vai além de dados como demografia, geolocalização, conexões sociais e interesses pessoais, ele é capaz de encontrar oportunidades de grande aderência, à medida que conhece estilos musicais favoritos do público e as horas do dia mais favoráveis para cada campanha. Além disso, a publicidade em áudio não interfere na atividade em tela do dispositivo, e portanto não atrapalha a experiência do usuário.

3. A audiência está aumentando

O consumo de áudio digital está em crescimento no mundo. Segundo um report da XAPPmedia, existem cerca de um bilhão de ouvintes globais de streaming. Destes, 90% escolhem plataformas que permitem a veiculação de propaganda. No Brasil, estudo conduzido pela Audio.ad, rede de publicidade em áudio digital, que entrevistou 5 mil pessoas, mostra que 94% dos respondentes escutam áudio digital, por meio de rádios na internet, serviços de streaming ou outras mídias online. Destes, 80% escutam rádio na internet ao menos uma vez por semana. O ouvinte padrão no Brasil escuta 10h45min de áudio digital por semana, segundo o levantamento.

4. Sem fraude ou skip ad

Uma vantagem apontada por quem investe em audio advertising é que para este formato a interferência sobre o anúncio é menor. Na pesquisa da Advertising Age, 47% dos respondentes disseram que investem no formato porque nele não há fraude, e 52,8% porque não há a possibilidade de pular o anúncio. Além disso, para os publicitários consultados, o áudio é uma experiência imersiva (60,9%) e não requer atenção exclusiva para sua mensagem ser absorvida: as pessoas podem fazer outras atividades cotidianas enquanto ouvem música, podcasts, notícias e são impactadas.

5. Tem espaço para inovações

Com o início da popularização dos dispositivos de smart audio nos EUA — que usam inteligência artificial para se comunicar com os usuários –, as possibilidades para o áudio digital se multiplicam. Esse movimento que começou com os assistentes de smartphone, como a Siri, do iPhone, começa também a conquistar consumidores com os assistentes domésticos, como o Alexa, da Amazon, e o Google Home. Esses devices domésticos ainda não ganharam versão em português. Mas a tendência já está no radar dos mídias pelo mundo, à medida que começarem a ser incorporados nos hábitos dos consumidores.


Quem faz os conteúdos UOL para Marcas:

Apuração e redação: Renata Gama / Edição e redes sociais: Raphaella Francisco / Arte: Pedro Crastechini
Gerente responsável: Marina Assis / Gerente Geral: Karen Cunsolo